Na Faixa de Gaza, passam de 310 os corpos encontrados em valas comuns, dentro e no entorno de hospitais, que foram alvo de operações israelenses. Os palestinos acusam o exército de Israel, de enterrar os corpos. Os corpos, incluindo de mulheres e idosos, foram encontrados depois da retirada das tropas israelenses. Cerca de 280 no hospital Nasser, em Khan Younis. E cerca de 30 no hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza. Muitos teriam sido enterrados sob pilhas de lixo, alguns apresentam sinais de abusos, estavam nus e com as mãos amarradas. Representantes do alto comissariado da ONU para Direitos Humanos se disseram horrorizados com os relatos e com o nível de destruição das instalações de saúde. Na época da operação no Al-Shifa, o exército de Israel informou ter matado cerca de 200 militantes do Hamas. A respeito das valas comuns, os militares israelenses disseram ter desenterrado alguns corpos dos hospitais para verificar se haviam reféns entre eles e os enterraram novamente.
Nos Estados Unidos, manifestações e acampamentos pró-palestina e contra a operação militar israelense na Faixa de Gaza têm se espalhado por universidades, incluindo as mais prestigiadas, como Yale, Harvard e Berkley. Na Universidade de Columbia, em Nova York, mais de 100 estudantes foram presos nos últimos dias. As aulas presenciais foram suspensas ontem (22) e quem quiser, poderá concluir o semestre pela internet. O clima tem ficado tenso. Alunos e professores judeus denunciam antissemitismo em meio às manifestações. Prisões também na Universidade de Nova York, na noite dessa segunda-feira. A polícia precisou usar dois ônibus para transportar os detidos.
Na costa da França, cinco pessoas morreram, incluindo uma menina de cinco anos, em um acidente com um bote inflável com imigrantes que tentavam chegar ao Reino Unido. A pequena embarcação estava superlotada, com 110 passageiros. 57 pessoas permaneceram no bote, conseguiram religar o motor e decidiram seguir viagem. Na noite passada, o parlamento britânico aprovou o plano do primeiro-ministro Rishi Sunak de enviar imigrantes indocumentados para Ruanda. O país africano vai receber dinheiro para acolher solicitantes de asilo que chegam ao Reino Unido pelo mar.
* Com informações da Agência Reuters
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