Desde 7 de outubro a família do brasileiro-palestino Islam Hamed não consegue mais ter informações sobre ele.
A prima de Islam, a fotógrafa Aline Baker, que mora em São Paulo fala em desespero.
Entrevistas como a do adolescente Muhammad Nazzal, de 14 anos, uma das pessoas libertadas das prisões israelenses, durante o acordo com o Hamas, alimentam a preocupação. Mostrando os dois braços enfaixados, ele diz que a violência nas prisões aumentou desde o dia 7 de outubro. Ele teve as mãos quebradas e conta que presos foram mortos sob espancamento. A tradução é da Federação ÁRabe Palestina no Brasil.
Islam Hamed, o palestino-brasileiro, foi preso a primeira vez quando tinha 16 anos, acusado de ter atirado pedras em soldados israelenses. Hoje está com 38 anos. Passou mais da metade da vida nas cadeias israelenses saindo e voltando para prisões, sempre sob acusação de atos terroristas.
Em 2015, depois de uma greve de fome de mais de 40 dias, a família fez uma campanha para tentar a repatriação de Hamed no Brasil. Mas não conseguiu.
Agora, com o desaparecimento, a família voltou a acionar o Itamaraty para tentar resgatar o brasileiro das prisões israelenses. Nós entramos em contato com o Ministério das Relações Exteriores para saber se haverá alguma ação para tentar repatriar Islam Hamed mas não tivemos retorno.
Segundo a organização israelense de direitos humanos, Betslem, até o final de setembro havia cerca de 5 mil palestinos presos em Israel sob a alegação de risco à segurança. Desse total, cerca de 200 crianças, algumas com menos de 10 anos.
Internacional São Paulo 30/11/2023 – 22:09 Roberto Piza / Alessandra Esteves Eliane Gonçalves – Repórter Rádio Nacional Conflito no Oriente Médio Prisões Israel Hamas quinta-feira, 30 Novembro, 2023 – 22:09 2:31