O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou o depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres sobre a minuta de golpe apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro. O depoimento será realizado por videoconferência na próxima quinta-feira (16) em um dos batalhões da Polícia Militar do Distrito Federal, onde Torres está preso. Ele vai depor na condição de testemunha no processo aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apurar a legalidade do encontro do então presidente Jair Bolsonaro, em julho do ano passado, com embaixadores para questionar a lisura da votação eletrônica.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que atualmente está preso, deverá prestar depoimento sobre a minuta de golpe apreendida pela Polícia Federal na sua casa. O depoimento está marcado para quinta-feira (16) e será realizado por videoconferência em um dos batalhões da Polícia Militar do Distrito Federal. Torres vai depor na condição de testemunha no processo aberto pelo TSE para apurar a legalidade do encontro do então presidente Jair Bolsonaro, em julho do ano passado, com embaixadores para questionar a lisura da votação eletrônica.
O depoimento de Torres é uma das diligências autorizadas pelo ministro Benedito Gonçalves, do TSE, no decorrer do processo sobre o encontro de Bolsonaro com os embaixadores. Na decisão, Moraes disse que Torres deverá ter o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação assegurados quando questionado sobre temas que possam incriminá-lo.
Além disso, o ministro Alexandre de Moraes também pediu que a Casa Civil da Presidência da República informe se há registros do governo anterior sobre a preparação e difusão da reunião por órgãos públicos. A minuta foi incluída no processo a pedido do PDT, partido que contesta a legalidade do encontro.
O ex-ministro Anderson Torres está preso pela suposta omissão em conter os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, como então secretário de Segurança Pública do DF. Ao comentar o caso nas redes sociais, antes de ser preso, Torres disse que o documento foi vazado “fora do contexto”.