Representantes de movimentos sociais defendem que o acordo do Mercosul com a União Europeia precisa ser refeito a partir de novas bases que acompanhem as mudanças que o mundo vivenciou, com prioridade para os temas da solidariedade entre os povos e sustentabilidade.
Durante a Cúpula Social do Mercosul, Adhemar Mineiro, da Rede Brasileira de Integração dos Povos, lembrou que o acordo começou a ser desenhado há mais de 20 anos e teve seu processo inicial fechado em 2019, com um Mercosul ultraliberal, durante os governos dos presidentes Jair Bolsonaro, no Brasil, e Maurício Macri, da Argentina.
Raiara Pires, do Via Campesina, Movimento pela Soberania Popular na Mineração, cobrou participação social nas discussões de negociações internacionais, com a união dos saberes populares e acadêmicos. Ela também defendeu que o acordo precisa ser reiniciado.
Flávio Schuch, secretário executivo adjunto da Secretaria-Geral da Presidência, explicou que as negociações internacionais têm regras específicas de acesso e sigilo, mas que há um compromisso do governo brasileiro de que esse processo vai ser ampliado. O secretário esclareceu ainda que as bases do acordo de 2019 não interessam ao governo.
A Cúpula Social do Mercosul acontece até esta terça-feira no Museu do Amanhã, no centro do Rio de Janeiro. Na quinta-feira será realizado o encontro dos chefes de Estado dos países que compõem o bloco: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A Venezuela está suspensa desde 2017.
Internacional Rio de Janeiro 04/12/2023 – 22:12 Jacson Segundo / Pedro Lacerda Fabiana Sampaio – Repórter da Radio Nacional acordo Mercosul e União Europeia comércio Cúpula Social segunda-feira, 4 Dezembro, 2023 – 22:12 3:21