A banana produzida em Luiz Alves (SC) faz parte agora do seleto rol de Indicações Geográficas (IG) brasileiras, ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. O registro agrega valor ao produto e ajuda a proteger a região produtora. A conquista na espécie Indicação de Procedência (IP) é a 135ª IG concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil.
O pedido de IG foi liderado pela Associação dos Bananicultores do Município de Luiz Alves. “As indicações geográficas representam um verdadeiro mecanismo de desenvolvimento territorial, fazendo com que a região cresça, torne-se referência em todo país e, com isso, gere mais oportunidades, inclusão e crescimento”, justifica o presidente do Sebrae, Décio Lima. “O Sebrae vem atuando junto com o governo Lula, por meio do INPI, para que novos territórios tenham suas indicações geográficas reconhecidas, com isso, teremos ainda mais valor agregado e municípios incluído nesse modelo de desenvolvimento econômico.”
O processo de reconhecimento inclui a organização dos produtores por meio de uma associação, que fica responsável por fazer as auditorias, por avaliar o produto e para buscar o registro junto ao INPI, que é o reconhecimento ao conjunto de empreendedores daquela localidade. Então, o papel do produtor é muito importante em todo esse processo.
De acordo com o INPI, os agricultores locais se destacam pelas boas práticas aplicadas ao manuseio dos cachos, ao manejo pós-colheita, bem como todos os procedimentos realizados nas casas de embalagem e nas câmaras de climatização, garantindo a comercialização de frutas de alta qualidade, tanto no mercado brasileiro, quanto no mercado internacional, especialmente em países do Mercosul, como Argentina e Paraguai. Atualmente, cerca de 400 propriedades de pequeno porte têm a bananicultura como principal atividade, sendo mais de 4 mil hectares de plantio.