No plano internacional, 2023 começou e terminou com a Guerra na Ucrânia em andamento… A guerra contra a Rússia atingiu a marca de 10 mil civis ucranianos mortos. Ao longo do ano, o presidente Volodymyr Zelensky viajou a vários países em busca de apoio militar e financeiro, mas também enfrentou uma crise interna, com a demissão de seu ministro da defesa, em setembro, acusado de corrupção.
Do outro lado do front, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Internamente, Putin enfrentou a rebelião do grupo Wagner, paramilitares liderados por um ex-aliado. Semanas depois, Yevgeny Prigozhin morreu em um acidente de avião, cujas causas foram questionadas internacionalmente.
Esse conflito na Europa oriental se liga a outra disputa econômica mundial entre as duas maiores potências, EUA e China. Em fevereiro, um balão chinês foi abatido sobre o território norte-americano, gerando uma crise diplomática. As sanções entre os dois países sobre a venda de chips eletrônicos estratégicos aumentaram e os exercícios militares, em torno da ilha de Taiwan, também não ajudaram.
Já nos EUA, Donald Trump teve que se apresentar à Justiça e se tornou réu pela quarta vez. Em dezembro, o estado do Colorado disse que não aceitará a candidatura do ex-presidente às eleições deste ano. Do outro lado, uma investigação contra o filho do presidente Joe Biden pode atrapalhar os planos de uma reeleição.
Aqui na América Latina, destaque da Venezuela, que anunciou um referendo sobre a anexação dos 160 mil km² de Essequibo e que teve grande apoio popular.
E os argentinos escolheram o economista midiático com discurso radical, Javier Milei, para governar o país. Após a posse, propostas como a extinção do Banco Central argentino ficaram para trás, mas Milei já enfrentou os primeiros protestos contra as reformas.
No Chile, a população rejeitou a segunda tentativa de substituir a constituição do ditador Augusto Pinochet. Dessa vez, foi a oposição que viu a proposta conservadora ser descartada, o que fez o presidente Gabriel Boric afirmar que a reforma ficou mesmo para trás.
Já no Equador, a violenta corrida eleitoral foi marcada por assassinatos, como a do candidato Fernando Villavicencio, morto a tiros a 10 dias das eleições.
No continente africano, o ano de 2023 foi de continuidade de golpes militares em ex-colônias francesas. No Níger, o embaixador francês foi expulso e o Gabão chegou a ser suspenso da União Africana. Já no Sudão, outra guerra ainda se arrasta, com milhares de mortos e quase 7 milhões de pessoas deslocadas desde abril.
E a Índia, que se tornou o país mais populoso do mundo em 2023, conseguiu pousar com sucesso sua nave na região sul da Lua.
São tensões, expectativas e esperanças, que 2023 deixa para o mundo no ano que se inicia…
Internacional Mundo enfrentou guerras, golpes e disputas políticas e econômicas São Luís 01/01/2024 – 11:11 Nádia Faggiani/ Renata Batista Gabriel Corrêa – Repórter da Rádio Nacional Retrospectiva 2023 segunda-feira, 1 Janeiro, 2024 – 11:11 162:00