Inovação não está ligada necessariamente a grandes descobertas ou apenas à tecnologia de ponta. O presidente do Conselho Organizador da Rio Innovation Week e um dos idealizadores do evento, Fábio Queiróz, diz que inovar pode ser mudar algo que se faz todo dia e, com criatividade, aperfeiçoar um produto ou serviço.
“Se tirar a caneca do lugar em que ela fica todo dia na mesa e colocar no lado oposto, isso já é uma inovação. A inovação não necessariamente precisa ser disruptiva. Inovar é melhorar processos, aprimorar padrões, é aperfeiçoar o produto que você já tem e romper com o sistema atual, criando outro mais eficaz e barato”, afirma Queiróz em entrevista à Agência Brasil.
Mostrar que tecnologia e inovação podem ser mais simples e mais acessíveis do que se pensa é, segundo Fábio Queiróz, um dos objetivos da Rio Innovation Week, que começa hoje (13) e segue até domingo (16) na capital carioca.
De acordo com o conselho, mais de 500 conferencistas estão confirmados, além de 1,2 mil startups e 190 expositores. Entre eles estão Richard Branson, fundador do grupo Virgin, que irá conversar com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil, Marcos Pontes; Steve Wozniak, cofundador da Apple; e Francis Suarez, prefeito de Miami, que participará de conversa com o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
“O visitante vai tocar na tecnologia, vai usar e desmistificar, caso ainda tenha esse preconceito, a complexidade do tema”, diz Queiróz, e acrescenta: “A pandemia nos trouxe necessidade da criatividade também, o desafio de nos transformar e acelerar digitalmente. Nos dias de hoje, inovar, seja no nível mínimo ou máximo, significa, talvez, a sobrevivência ou a falência da empresa”.
Será realmente possível tocar na tecnologia. O evento contará com espaços de realidade virtual, que poderá ser experimentada pelos visitantes, além de robôs que circularão pelo local. Entre eles estarão o Robozão, que tem três metros de altura e é sucesso nas redes sociais; o Icebot, da Roboteria, que serve sorvete; e o Tinbot, primeiro robô brasileiro interativo que reúne inteligência artificial, cognição e internet das coisas.
O evento também pretende chamar atenção para o Rio de Janeiro e colocar a cidade na rota da ciência e tecnologia. De acordo com Queiróz, apesar de ter universidades de excelência, a cidade e o estado do Rio ainda perdem pessoal para outros estados como São Paulo e Santa Catarina. A intenção é colocar em contato diversos agentes do mercado e do governo para impulsionar investimentos.
O desenvolvimento, para o presidente do Conselho Organizador do evento, é algo que vem em conjunto, em colaboração. “Caso o Rio de Janeiro venha aqui instalar um hub de inovação, vai fazer um polo onde as pessoas pensem soluções em conjunto e superem as dificuldades que certamente surgirão. O processo tecnológico requer muita técnica, muita pergunta e, certamente, a solução será mais fácil de ser encontrada”, defende.
A programação completa está disponível na internet. É possível também acompanhar os destaques pelas redes sociais.
Edição: Graça Adjuto
*Agéncia Brasil