A Rússia está enfrentando uma indignação global e acusações de crimes de guerra pelo assassinato de civis nos subúrbios da capital ucraniana de Kiev. A Rússia nega as alegações enquanto continua com a mobilização de suas forças na parte leste da Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy visitou a cidade de Bucha para ver com seus próprios olhos o que ele chamou de “genocídio”. Tropas ucranianas haviam expulsado as forças russas e retomado a cidade. Afirmam ter encontrado os corpos de mais de 400 civis pelas ruas.
Zelenskyy disse: “Esses são crimes de guerra. E eles serão reconhecidos pelo mundo como genocídio. Vocês estão aqui hoje e podem ver o que aconteceu”.
O presidente americano Joe Biden chamou o presidente russo Vladimir Putin de “criminoso de guerra”. Ele disse: “Nós precisamos coletar todos os detalhes, para que isto seja de fato – que seja realizado um julgamento de crimes de guerra. Este sujeito é brutal, e o que está acontecendo em Bucha é revoltante”.
Líderes russos negam categoricamente quaisquer acusações com relação às mortes em Bucha. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que “um novo ataque através de notícias falsas foi realizado na cidade de Bucha, na região de Kiev, depois de as Forças Armadas russas terem se retirado seguindo os planos e acordos”.
Ao mesmo tempo, forças russas intensificaram os ataques aéreos na região de Luhansk, no leste da Ucrânia. Afirmam terem destruído unidades de armazenamento de munições ucranianas.
O prefeito de Mariupol disse que a situação em sua cidade é trágica, com cidadãos enfrentando falta de água, comida e eletricidade por mais de um mês. Vadym Boichenko disse que mais de 100.000 pessoas ficaram presas na cidade. Ele acusa as forças russas de terem obstruído a evacuação dos residentes.
*NHK