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Sebrae apresenta o artesanato como potencializador do turismo

Sebrae apresenta o artesanato como potencializador do turismo

Das Cataratas do Iguaçu, no Paraná, ao Pelourinho, na Bahia, passando pela gruta da Lagoa Azul, no Mato Grosso do Sul, e pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. O Brasil é um país com toda a sorte de destinos para encantar turistas, que levam consigo lembranças dos pontos que visitam. Além das fotos, que estão alcance de todo viajante, é também no artesanato que eles encontram uma maneira de revisitar os lugares pelos quais passaram. Sabendo disso, o Sebrae vai explorar esse elemento condutor de experiências no 8º Salão Nacional do Turismo, evento promovido em parceria com o Ministério do Turismo e que ocorre no Rio de Janeiro/RJ, de 8 a 11 de agosto.

“O artesanato é a memória tangível depois de uma viagem. Ele tem o poder de trazer o destino para dentro da sua casa”, diz Giselle Oliveira, analista de Competitividade do Sebrae Nacional. Ela ainda salienta que o Salão Nacional do Turismo extrapola a lógica de um evento comum. “Ele se posiciona como uma estratégia nacional ao trazer tudo aquilo que chamamos de ‘produção associada”, explica.

Em parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), o Sebrae levará artesãos de todas as regiões do país. Serão aproximadamente 200 empreendedores, de 21 estados, que poderão comercializar suas peças em um espaço exclusivo para isso. Giselle avalia que essa ação, além de promover e expandir o olhar do artesão, é uma oportunidade para que ele possa acessar o mercado, ter um feedback em tempo real do cliente e potencializar o destino ao qual está conectado.

Ela afirma que levar o artesão até eventos como o Salão Nacional do Turismo é a melhor estratégia de comercialização, porque ele é também um contador da história das peças que exibem.

Nosso foco é posicionar o artesanato como um produto de desejo. Retirar o estereótipo de lembrancinha da banquinha da praça, apresentá-lo para sociedade da forma que ele merece, e assim reposicionar o olhar das pessoas para o artesanato como um todo.

Giselle Oliveira, analista de Competitividade do Sebrae Nacional

Presença do CRAB

Além disso, o Sebrae também levará o artesanato para o evento através da promoção do Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) enquanto um polo de referência e de conhecimento. “Além de ser o Centro de Referência, o CRAB é a casa do artesão e é detentor de toda inteligência e conhecimento do Sebrae, que permeia o universo do artesanato”, diz.

Em um espaço de 200m², a instituição vai desenvolver três estratégias para promover o trabalho que desempenha em relação ao artesanato brasileiro.

Queremos impactar as pessoas sobre o que é, de fato, o artesanato: um catalizador da cultura.

Giselle Oliveira, analista de Competitividade do Sebrae Nacional

Segundo Giselle, uma dessas estratégias é a exposição reduzida da mostra “Solo Criativo”, que tem o objetivo de promover os territórios, as manualidades de cada região e o artesanato como um ofício, a partir da réplica do que seria a oficina de um artesão. Já outro quadrante da ação do Sebrae, denominado CRAB Web, visa promover o Centro como um espaço que, apesar de fisicamente estar no Rio de Janeiro, é disponível para o Brasil inteiro.

Para isso, os participantes terão uma experiência virtual ao navegar em um mapa interativo e acessar a curadoria feita pelo CRAB para cada estado brasileiro. “Lá, eles encontrarão informações sobre os fazeres e as manualidades, lugares de comercialização, depoimentos de artesãos. Os registros são organizados por estado”, conta a analista. Também haverá um espaço com totens para que consigam ouvir depoimentos de quem trabalha com artesanato.

Já com o CRAB Educativo, o Sebrae quer sensibilizar a nova geração para os fazeres manuais. Pesquisa da instituição demonstra que a faixa etária mais comum entre os artesãos é de 50 a 64 anos (41%), seguida de 40 a 49 anos (27%). Nota-se que 80% dos artesãos do Brasil possuem 40 anos ou mais. “Em 2012, a média nacional da idade do artesão era 38 anos. Passamos para 40,1 em 2021. Em pouco menos de 10 anos, a gente aumentou em mais de 2 anos essa média. Precisamos reconectar à sociedade aos fazeres e às manualidades para que essa profissão não morra”, diz.

Para a analista, além de ser um potencializador do destino, o artesanato deve ser visto como um instrumento de desejo.

É algo de alto valor agregado e que potencializa o turismo. Ele trabalha junto com esse setor e tem um papel de destaque porque é um retrato do país que a gente pode levar para qualquer lugar do mundo.

Giselle Oliveira, analista de Competitividade do Sebrae Nacional

8º Salão Nacional do Turismo

Considerado como a maior vitrine do turismo nacional, o evento começa nesta quinta-feira (8) e segue até domingo (11), no Rio Centro, no Rio de Janeiro/RJ. É gratuito, basta retirar o ingresso aqui.

Em um espaço de 40 mil metros quadrados, em 2024 o Salão vem com o tema “Experiências do Brasil: o turismo responsável e inclusivo impulsionando o desenvolvimento sustentável”. São esperados cerca de 100 mil participantes que vão ver de perto toda a diversidade turística do país. O 8º Salão do Turismo é realizado pelo governo federal e tem o Sebrae entre seus parceiros.

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