Em entrevista à CNN, o senador Marcos do Val (Pode-ES) se pronunciou sobre os mandados de busca e apreensão realizados em endereços relacionados a ele. O político afirmou não se preocupar com as acusações e considerou a operação um possível abuso de poder.
O senador Marcos do Val, do partido Podemos do Espírito Santo, concedeu uma entrevista à CNN nesta quinta-feira (15) para comentar os mandados de busca e apreensão cumpridos em endereços ligados a ele. Do Val declarou que as buscas poderiam ser configuradas como abuso de poder e reiterou que não há motivo para se preocupar com as acusações.
O senador destacou que, se tivesse a intenção de participar de atividades criminosas, não buscaria autorização junto ao ministro Alexandre de Moraes em dezembro para participar de uma reunião. Segundo ele, a forma como a operação foi conduzida, incluindo o abuso de autoridade em seu gabinete e a apreensão de um equipamento no Senado, caracteriza um abuso de poder.
Do Val afirmou que já esperava uma operação desse tipo desde abril e ressaltou que, ao enfrentar o sistema de forma independente, é inevitável sofrer represálias. Ele mencionou suas denúncias contra Flávio Dino, que segundo o senador, sempre utilizou chantagem. O político revelou ter recebido informações de que essa operação ocorreria em abril, mas acredita que a criação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) e suas declarações durante uma sessão levaram a operação a ocorrer agora.
Questionado sobre sua participação na CPMI do dia 8 de janeiro, Marcos do Val afirmou que sua presença sempre foi incômoda, mas que se sentiria confortável em permanecer na comissão. Ele acredita que o governo atual fará o possível para que ele não continue na CPMI, pois considera-se uma grande ameaça. O senador alega possuir informações desde janeiro, indicando que o problema envolve os ministros do governo e chega ao presidente, e não o contrário.
A assessoria do ministro Alexandre de Moraes informou que não irá comentar “ilações infundadas”.
Com informações da CNN.