A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento de um inquérito contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) que investigava supostas irregularidades em contratos e pagamento de propinas envolvendo a Transpetro, subsidiária da Petrobras, e o Estaleiro Rio Tietê, em Araçatuba (SP).
Segundo a PGR, não há provas suficientes que justifiquem o oferecimento de uma denúncia contra o congressista. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araujo, afirmou que durante a instrução do inquérito não foram encontrados elementos que corroborassem as declarações feitas pelos colaboradores da operação Lava Jato, incluindo Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
A Polícia Federal (PF) também concluiu a investigação e chegou a um entendimento semelhante, afirmando que não foram constatados indícios de crimes cometidos pelo senador.
O advogado de Renan Calheiros, Luís Henrique Machado, declarou que as delações que fundamentaram a investigação se mostraram frágeis e carentes de credibilidade, causando apenas desgaste público à imagem do senador.
O inquérito, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a relatoria do ministro Edson Fachin, teve como base as delações premiadas da Lava Jato e apurava os supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro relacionados à construção de embarcações no estaleiro.
Com informações de fontes confiáveis, foi constatado que tanto a PGR quanto a PF não encontraram provas que sustentem as acusações contra o senador Renan Calheiros no caso da Transpetro. A defesa argumenta que as delações são frágeis e sem credibilidade. O arquivamento do inquérito foi solicitado pela PGR, e a PF já havia concluído anteriormente que não foram encontrados indícios de crimes.