O pão fica do outro lado da rua; ninguém fatia a mortadela como o seu João; o melhor leite fresco da cidade fica no meu bairro, é do seu Zé; e na hora de cortar o cabelo, sou fiel ao Mário. Os pequenos negócios desafiam até mesmo as previsões econômicas mais otimistas. Somente no acumulado deste ano, eles já responderam por 63% dos empregos criados no Brasil. São pessoas como essas, que se viram o ano inteiro e garantem o próprio sustento, que contribuem para elevar nosso Produto Interno Bruto (PIB) a 3% em 2024. Nós, do Sebrae, damos suporte às micro e pequenas empresas (MPE), que representam 95% dos CNPJs do país. São esses empreendedores que produzem renda e fazem a nossa economia girar.
Em 5 de outubro, Dia da Micro e Pequena Empresa, iremos evidenciar o quanto os pequenos negócios oferecem muito mais do que números positivos para a economia. Eles são nossos vizinhos, muitas vezes se tornam amigos e fazem parte da nossa rotina, como o dono da padaria, a cabeleireira, o eletricista, a dona do salão ou da pousada. Quando iniciamos nosso dia, não nos deparamos com grandes fábricas, o que vemos são os pequenos negócios que dão vida e movimentam bairros e cidades com seus estabelecimentos, gerando arrecadação de impostos, o que possibilita atender a população nas mais diversas frentes.
Seja pela importância econômica ou pelo aspecto humano, os empreendedores e as empreendedoras têm o nosso reconhecimento. São os imprescindíveis, tão importantes nas nossas vidas que, em algumas situações, se transformam em verdadeiros patrimônios da comunidade em que estão inseridos e se tornam referência. E é com foco na valorização desses negócios que o Sebrae retoma a campanha “Compre do Pequeno”, lançada em 2015 e que, agora, traz como mote “Quem compra do pequeno negócio vira fã”.
Queremos ouvir histórias e incentivar o reconhecimento de quem faz acontecer na sua rua, no seu bairro e na sua cidade.
Se, no primeiro semestre deste ano, 97% dos pequenos negócios entrevistados pelo Sebrae estavam funcionando normalmente, juntos, podemos impulsionar o segmento neste fim de ano, abrindo caminhos para 2025 em diante. É notável o avanço desses empreendimentos, especialmente se comparado a 2019, quando o estudo mostrava 25% de MPE inativas.
Outro fato que nos incentiva é que mais de 50% dos negócios sondados abriram as portas motivados por uma oportunidade. Reflexo de uma economia que está no rumo certo com o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin . Este fenômeno só ocorre quando a economia do país é bem avaliada e é o oposto do empreendedorismo gerado pela necessidade de encontrar uma fonte de renda, muitas vezes devido à perda do emprego e à falta de perspectivas. Para completar, a maioria desses entrevistados vai bem, obrigado: 64% estão com os tributos em dia – sendo que quando há dificuldades, a primeira despesa deixada de lado são os impostos – e 77% acreditam que irão crescer e mudar de porte nos próximos anos.
Os números comprovam: não faltam motivos para sermos fãs das micro e pequenas empresas distribuídas pelo nosso país. Sem falar nos motivos para indicarmos esses empreendedores – que frequentemente conhecem e atendem famílias inteiras, às vezes por mais de uma geração. Contamos com o engajamento de todos em prol da inclusão produtiva e afetiva das micro e pequenas empresas do Brasil. Eu compro do pequeno. E você? Eu sou fã do pequeno. E você?