O Sebrae marca presença no 53º Encontro Nacional de Economia da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC), que vem acontecendo ao longo dessa semana no Insper, em São Paulo, com a proposta de ampliar o acesso da academia e de formuladores de políticas públicas ao vasto conjunto de dados que a instituição reúne sobre os pequenos negócios brasileiros. A estratégia foi apresentada no painel dedicado ao DataSebrae, base de dados da instituição que consolida informações sobre micro e pequenas empresas em todo o país.
Para André Spínola, gerente nacional de Estratégia e Transformação do Sebrae, a aproximação com a academia amplia exponencialmente o alcance e o impacto desses dados. “Quando a academia passa a usar esse acervo de forma orgânica, os dados se multiplicam. Uma linha de pesquisa conversa com vários nichos com os quais muitas vezes não conseguimos dialogar diretamente. Isso fortalece estudos, políticas públicas e a compreensão do cotidiano do pequeno negócio”, afirmou.
Spínola destacou ainda que políticas públicas eficazes exigem diagnóstico, projeção e evidências concretas.
“Dados são a base de qualquer boa política pública. Quando colocamos essas informações à disposição de pesquisadores e formuladores, criamos um ambiente muito mais qualificado para decisões que afetam milhões de empreendedores”
André Spínola, gerente nacional de Estratégia e Transformação do Sebrae
No painel desta quarta-feira (17), foram apresentadas ferramentas como o Observatório Setorial e Territorial, o Atlas dos Pequenos Negócios, painéis do Novo Caged, a pesquisa GEM e novos produtos digitais que permitem análises de setores empresariais por CNAE, porte, localização e dinâmica econômica. Os dados passam por curadoria, tratamento e enriquecimento, combinando fontes próprias do Sebrae e bases externas, com transparência e metodologia.
Aretha Zarlenga, gerente adjunta de Estratégia e Transformação do Sebrae Nacional, ressaltou que o DataSebrae nasceu da inquietação de transformar um grande repositório interno em uma plataforma aberta, acessível e útil para diferentes públicos. A proposta é aproximar os dados produzidos pelo Sebrae de pesquisadores, economistas e formuladores de políticas públicas, ampliando seu uso e potencial analítico. Segundo ela, tornar essas informações disponíveis é também um convite para que a academia incorpore os pequenos negócios de forma mais consistente em suas pesquisas e estudos.
Denis Nunes, também analista de Estratégia e Transformação da instituição, mostrou na prática, navegando na plataforma, como o DataSebrae reúne informações estruturadas sobre temas diversos, tais como abertura e fechamento de empresas, perfil dos empreendedores, emprego, renda, sustentabilidade, setores econômicos e recortes territoriais, funcionando como uma espécie de “mini-IBGE” voltado aos pequenos negócios. A proposta do Sebrae é ampliar o uso qualificado desses dados, fortalecendo pesquisas acadêmicas, estudos setoriais e a formulação de políticas públicas mais precisas e eficazes.
A participação da instituição no encontro reuniu economistas, pesquisadores e especialistas interessados em compreender, a partir de evidências empíricas, a dinâmica dos pequenos negócios e seu impacto no emprego, na renda e no desenvolvimento econômico do país. Ao levar esse conjunto de informações para o ambiente acadêmico, a instituição busca estimular novas agendas de pesquisa e interpretações mais aderentes à realidade da base produtiva brasileira.
A agenda do Sebrae no Encontro Nacional de Economia segue nesta quinta-feira (18). Às 13h45, a instituição apresenta projetos nas áreas de financiamento, competitividade, diversidade e inclusão, políticas públicas e desenvolvimento territorial, e participa da sessão de conjuntura com o tema “A conjuntura vista da base: pequenos negócios e o desenvolvimento do Brasil”.
