Um espaço para promover discussões sobre uma economia ecológica orientada por uma transição justa. Este é o objetivo do Pavilhão Brasil, que foi inaugurado nesta terça-feira (12), em Baku, Azerbaijão, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP29. O evento contou com a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, de ministros do governo federal, de governadores, do presidente do Sebrae, Décio Lima, e do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana.
Na ocasião, Décio Lima defendeu que o Brasil é protagonista na discussão sobre a sustentabilidade e mudanças climáticas e que os pequenos negócios não podem ficar de fora do debate.
O Brasil é observado pelo mundo. Só nós temos seis biomas, incluindo a Amazônia, e é o Brasil que vai receber este debate no ano que vem. É por isso que devemos fortalecer os conceitos do nosso país que proporcionam resultados impactantes para a economia, sob a gestão do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin, com empregabilidade em alta e com a retirada novamente do país do Mapa da Fome.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
“Os pequenos negócios estão aqui para poder se inserir no contexto da sustentabilidade, da economia globalizada, da inovação, para que possamos fazer com que a vida também se modifique para aqueles que são a pujança da economia brasileira, representam 95% das empresas do nosso país e são responsáveis pela grande maioria dos empregos formais criados”, destacou.
A diretora de Administração e Finanças do Sebrae, Margarete Coelho, também esteve presente na cerimônia de abertura do pavilhão e reforçou a necessidade de inserir os pequenos negócios no centro das discussões. “Não há como falar sobre sustentabilidade e responsabilidade climática sem que este debate passe pelos pequenos negócios. Estamos discutindo bioeconomia, responsabilidade social, sustentabilidade. Além disso, viemos aqui para recebermos o bastão da COP 30, a COP da Floresta e do Brasil, que será realizada em Belém no próximo ano”, apontou.
Em um breve discurso, o vice-presidente Geraldo Alckmin elencou uma série de iniciativas que já proporcionaram resultados positivos para a economia e para a sustentabilidade no país, como o combate ao desmatamento e à emissão de CO2, a Lei do Combustível do Futuro e a votação no Senado Federal sobre o Mercado Regulado do Carbono.
O Brasil é o grande protagonista deste debate de combate às mudanças climáticas. Temos a maior floresta tropical do mundo, temos a energia elétrica mais limpa do mundo, temos 85% de energia elétrica produzida de fontes renováveis – hidráulica, solar, eólica e biomassa.
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República.
Por sua vez, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou sobre a necessidade de discutir os mecanismos de financiamento para o cumprimento das metas de redução de emissão de CO2, de desmatamento e desenvolvimento sustentável. “Sem isso, esses propósitos se tornarão meros enunciados. Chegamos aqui com a responsabilidade de não querermos nos acomodar com os resultados já alcançados. Queremos que o Brasil seja o endereço da prosperidade, inclusivo, democrático e sustentável”, defendeu.
A COP29 será um momento crucial para apresentar ao mundo o compromisso do Brasil com suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), incluindo a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 48% até 2025 e em 53% até 2030, em comparação com os níveis de 2005. Essas metas ambiciosas, alinhadas ao Acordo de Paris, reforçam a posição de liderança do Brasil na agenda climática global.
Sebrae na COP 29
Os pequenos negócios são atores essenciais no combate ao aquecimento global. Representando mais de 95% dos negócios no Brasil e 30% do PIB do país, as micro e pequenas empresas estão posicionadas de forma única para causar um impacto significativo nas mudanças climáticas.
O Sebrae atua para transformá-las em protagonistas do desenvolvimento sustentável. A COP30, em 2025, será realizada no Brasil, em Belém (PA). Mesmo não sendo responsáveis pela maior parte das emissões, os pequenos negócios podem dar contribuições significativas para o alcance da meta de carbono zero, por meio de inovações e serviços para a transição verde.
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