A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro vai antecipar a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19 para as crianças de 5 a 11 anos que tenham comorbidades ou deficiência. Com isso, o intervalo de aplicação da Pfizer pediátrica para esse grupo cai de oito semanas para 21 dias após a primeira dose. Para quem tomou a CoronaVac, permanece o prazo de 28 dias.
A recomendação foi dada pelo Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19, conhecido como Comitê Científico, que se reuniu ontem.
Até o momento, foram vacinadas 343 mil crianças nessa faixa etária na cidade. Ainda faltam 217 mil tomarem a primeira dose.
De acordo com o comitê, o cenário epidemiológico apresentado pela SMS indica a eficiência da cobertura vacinal para combater a pandemia, com a maioria dos casos graves, internações e óbitos registrados este ano sendo de pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto.
O comitê ressaltou que não há estudos sobre a aplicação da dose de reforço em adolescentes e destacou como “oportunidade ímpar” para as crianças a estratégia de vacinação nas escolas.
Sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras, a recomendação permanece. Apesar da melhora no cenário epidemiológico, o comitê entendeu que é necessário aguardar a consolidação da queda nos indicadores da epidemia de forma sustentada por mais três semanas para reavaliar a situação.
Por último, o comitê recomendou que o passaporte vacinal passe a cobrar a dose de reforço da população acima de 40 anos, a partir de 15 de março. A próxima reunião do comitê foi marcada para o dia 14 de março.
Edição: Valéria Aguiar
*Agência Brasil