O Ministro de Comunicações, Juscelino Filho, do partido União Brasil, afirmou em entrevista à CNN que se encontrará com o presidente Lula em Brasília nesta segunda-feira (6) e que irá “esclarecer tudo a ele”. Juscelino se preparou durante a noite do domingo com documentos que explicam algumas das acusações contra ele.
Desde janeiro, reportagens do jornal O Estado de S. Paulo têm acusado o ministro de uso indevido de voo da FAB para uma viagem em que participou de um evento pessoal de leilão de cavalos; uso de verba pública para obra próxima à propriedade de sua família; e suposto patrimônio oculto em cavalos, que não teria sido informado à Justiça Eleitoral.
Juscelino é considerado da “cota parlamentar” e é representante do União Brasil na Esplanada. Como parlamentar, ele fazia parte do baixo clero e é próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
As lideranças da sigla na Câmara e no Senado divulgaram uma nota em apoio à permanência dele no governo e criticaram a presidente do PT, Gleisi Hoffman, que pediu para que o ministro fosse afastado. Segundo a nota, a situação de Juscelino é comparável à de políticos petistas acusados e investigados, e a parlamentar prega o direito de defesa quando as atitudes de seus aliados são contestadas.
O caso de Juscelino Filho é apontado como um exemplo do procedimento que Lula e o Planalto deverão adotar em caso de denúncias mais graves contra outros ministros. Um ministro palaciano afirmou à CNN que, como regra geral, sempre será garantida a presunção de inocência.
