A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, estiveram reunidos nesta terça-feira (21), na sede da instituição,em Brasília. Na pauta, a realização da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que acontece de 6 a 9 de maio deste ano, na capital federal.
A Conferência é um evento estratégico que reúne representantes de todas as instâncias da sociedade brasileira para discutir temas relacionados ao meio ambiente e à formulação de políticas públicas sustentáveis. As discussões têm início nas etapas municipais e regionais, avançando para as conferências estaduais e culminando na etapa nacional.
Para Décio Lima, o momento atual é extremamente delicado. “A saída dos EUA do acordo de Paris revela atrasos preocupantes para o meio ambiente e para o planeta. Mas nós, do Sebrae, compreendemos que essa é uma agenda para a qual não existe retrocesso. Nunca vamos desistir”, comentou. “Embora esses acontecimentos recentes sejam preocupantes, acreditamos na força e na paixão da ministra por um mundo sustentável, justo e fraterno. Por isso, nos somamos no esforço da conferência e somos parceiros na iniciativa”, acrescentou o presidente do Sebrae.
A ministra Marina Silva compartilhou das preocupações de Décio Lima e ressaltou a importância dos pequenos negócios para a agenda do clima no país.
As pequenas empresas estão na base de tudo isso. Elas têm tudo a ver com a 5ª Conferência e com a emergência climática, bem como com o esforço no nosso país pela transformação ecológica.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
“Várias empresas norte-americanas estão abandonando a agenda ESG e estamos tendo retrocessos com as agências de financiamento e os bancos, que estão reconsiderando os compromissos climáticos que haviam assumido. Essa força gravitacional da saída dos EUA do acordo de Paris é muito preocupante”, comentou a ministra. “Por outro lado, a diplomacia climática e o próprio presidente Lula têm insistido que estamos abertos ao diálogo e queremos que todos cumpram com suas responsabilidades. Sobretudo aqueles que têm mais recursos financeiros, mais recursos tecnológicos, maior emissão de gases de efeito estufa e que já estão sofrendo os graves problemas dos eventos climáticos extremos, a exemplo dos incêndios que estão ocorrendo agora nos EUA”, concluiu Marina Silva.
