Os senadores Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros protocolaram uma representação no Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação do mandato do senador Marcos do Val. A ação é baseada na investigação da Polícia Federal e aponta três fatores que justificariam uma eventual quebra de decoro por parte do congressista.
Os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL) apresentaram uma representação no Conselho de Ética do Senado Federal nesta sexta-feira (16), buscando a cassação do mandato do senador Marcos do Val (Pode-ES).
Marcos do Val está sendo investigado pela Polícia Federal e foi alvo de mandados de busca e apreensão na quinta-feira (15), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na representação, Randolfe e Renan citam a operação da PF e destacam três elementos para justificar uma possível quebra de decoro por parte do congressista. O primeiro fator é a reunião em que ele teria discutido uma suposta tentativa de grampear o ministro do STF. Em seguida, os senadores mencionam o “verdadeiro tumulto ao divulgar as informações, com diversas idas e vindas em suas infinitas versões sobre os fatos”. Por fim, há a suspeita de que Do Val tenha divulgado documentos sigilosos, aos quais teve acesso como membro da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI).
Na representação, os senadores afirmam: “Caso comprovada a violação de conduta no exercício da CCAI, resta indubitável que o representante empresta esforços não para fazer do seu mandato um caminho profícuo e honrado para a melhoria do País – como deveria ser -, mas um instrumento para lograr seus interesses escusos e criminosos”.
Randolfe e Renan também destacam que o senador Marcos do Val parece desprezar a Constituição Federal, tratando-a como uma simples folha de papel, manipulada conforme seus interesses egoístas e patrimonialistas, conhecidos por serem golpistas.
A representação dos senadores será analisada pelo Conselho de Ética do Senado, que decidirá sobre as medidas a serem tomadas em relação ao senador Marcos do Val.
Com informações de CNN