O advogado Cristiano Zanin se apresentou perante a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para passar pela sabatina como indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante sua fala inicial, que durou cerca de 26 minutos, Zanin destacou sua experiência e segurança para atuar no STF e lidar com temas relevantes e impactantes para a sociedade.
Ele mencionou sua família e a influência de seu pai, um advogado aposentado, em despertar sua paixão pelo Direito. Zanin abordou críticas de que teria sido um “advogado pessoal” por atuar em casos individuais ou um “advogado de luxo” por defender causas empresariais de grupos econômicos importantes. Ele ressaltou que procurou desempenhar sua função com maestria, sempre acreditando na justiça.
Zanin fez um resumo de sua carreira, mencionando os escritórios em que trabalhou e destacando-se como defensor fervoroso da Constituição brasileira e crítico atento às violações de direitos e garantias fundamentais. Ele mencionou ter liderado mais de 100 processos julgados no STF e mais de 550 no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao longo de seus 25 anos como advogado.
Além disso, Zanin enfatizou sua atuação na defesa do ex-presidente Lula nos processos da Operação Lava Jato. Ele foi coautor do habeas corpus que resultou na anulação das condenações de Lula e também representou o ex-presidente em defesas técnicas apreciadas em diversos tribunais do país. Zanin também mencionou ter sido um dos autores do primeiro comunicado perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU, no qual foram reconhecidas as violações cometidas contra Lula nos processos da Lava Jato.
O advogado ressaltou a distinção entre o papel de um advogado e o de um ministro do STF e afirmou que sua atuação na iniciativa privada sempre seguiu as leis brasileiras com lisura e compromisso com a justiça, a democracia e o Estado de direito. Ele destacou que seu lado sempre foi o da Constituição, das garantias e do amplo direito de defesa, afirmando que o outro lado é o da barbárie e do abuso de poder.
Zanin também ressaltou a importância da defesa da democracia e da liberdade de expressão, afirmando que é um dos princípios fundamentais de uma sociedade democrática como a brasileira. Ele se comprometeu a não permitir investidas contra a solidez da República e defendeu o direito de cada indivíduo expressar suas opiniões, ideias e crenças livremente, sempre com responsabilidade.
Com informações da Agência Brasil